quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

#3650

Essa semana fez 10 anos que voltei da Inglaterra. Dez anos que vivi 365 dias de Surrey.

Nesse tempo que passou, concluí a graduação em Jornalismo, uma especialização em Tradução e o cinema ficou só no lazer. Cheguei a traduzir um roteiro e uma sinopse de série, mas não passou disso. Trabalhei seis meses na Vila Olímpica durante os Jogos Rio 2016 e trabalhei cerca de 5 anos em uma empresa de tradução. Hoje me identifico como profissional do texto e atuo com tradução, revisão e redação de textos em diversas áreas.

Publiquei dois livros de poesia de 2022 pra cá. Abracei minha persona literária, participei de feiras, saraus e outros eventos literários. Tenho uma newsletter semanal e publico poemas em vários lugares na internet. Tenho um blog literário que atualizo de vez em nunca e tenho sido mais ativa no Instagram.

Reencontrei alguns colegas de intercâmbio ao longo desses anos. J. está vivendo em São Paulo e trabalhando com motion graphics; G. nunca mais vi, mas é um super engenheiro na indústria de alimentos, acompanho sua trajetória no Linkedin; Bethany, minha buddy, voltou para as Ilhas Cayman, trabalha com turismo, se casou e teve um bebê; D. veio ao Rio uma vez e tomamos uma cerveja botando os papos em dia; e recentemente reencontrei outro colega engenheiro que hoje faz pesquisa na Áustria e visita o Brasil nas férias.

Não voltei à Inglaterra; na verdade, não saí mais do Brasil desde essa época. As circunstâncias econômicas não ajudaram muito. Mas tenho planos.

Em março retorno à sala de aula para começar um mestrado em literatura inglesa. Talvez seja meu caminho de volta para novos voos internacionais.


quinta-feira, 6 de março de 2014

#365 (+5) dias de Surrey

31/01/2014
Esses mais de 300 dias passaram voando. Tanto que ontem, o dia em que minha chegada na Inglaterra completou 1 ano, eu nem lembrei. Só agora, vendo todos os amigos partindo e deixando suas mensagens de despedida, consegui associar que eu também estou indo embora. Sim, acredite, a ficha demorou a cair. É difícil perceber que não faço mais parte daqui.

06/03/2014
Hoje completo um mês e um dia desde que voltei ao Brasil. Minhas últimas semanas em Surrey foram tão agitadas que faltou tempo pra me despedir daqui.

Minhas últimas viagens foram perfeitas e na companhia de ótimos amigos: Natal no interior de Portugal, Ano Novo em Sevilha, um último pulo em Paris e a descoberta de Lyon, capital gastronômica da França e cidade onde o cinema nasceu com os irmãos Lumiére.

Em Surrey, correria para finalizar e entregar os últimos trabalhos. O que mais demorou foi o documentário, que levou 4 dias inteiros de edição para ficar pronto. Eu, J e C não aguentávamos mais passar madrugadas naquele laboratório de edição. Mas o resultado ficou bem satisfatório e conseguimos nos divertir nessas noites intermináveis.

Nos meus últimos dez dias, minha prima veio me visitar, me dando a oportunidade de revisitar lugares que não tinha conhecido tão a fundo da primeira vez. Fomos ao castelo de Windsor conhecer os cômodos luxuosos onde a Rainha recebe convidados ilustres e também a coleção real de porcelanas; em Oxford, fiz o tour da Bodleian Library, a maior biblioteca de copyright da Europa e uma das mais antigas também. Lá estão guardados livros publicados na Inglaterra do século XV até hoje. O complexo de bibliotecas possui vários armazéns espalhados pelo subterrâneo de Oxford e teve que se expandir para fora da cidade tamanho o volume que não para de crescer.

Em Londres, me despedi da feira de Notting Hill, do buchicho de Covent Garden, tirei a famosa foto com o carrinho do Harry na estação de King's Cross, comprei besteiras na loja do M&M's, passei pelos festejos do Ano Novo Chinês em Chinatown, conheci o parque de Hampstead Heath, o Museu de História Natural e assisti ao clássico musical O Rei Leão.

King's Cross Station

Loja do M&M's em Leicester Square

Hampstead Heath




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

#358: Reta final

Depois das merecidas férias de quase um mês, em que pude conhecer mais dois países - Portugal e Espanha -, reencontrar amigos queridos e com eles passar o Natal e o Ano Novo, de voltar à França com a melhor companheira de viagem e conhecer mais uma cidade - Lyon - , voltei a Guildford doida pra descansar e aproveitar minhas últimas semanas na Inglaterra.

Isso foi no dia 14/01. Desde então, o que menos fiz foi descansar.

Primeiro que, apesar de não ter mais aulas e de não precisar fazer provas como a maioria dos meus colegas de CsF (tem gente que tem prova até no último dia de aula do período), eu ainda tinha trabalhos pra entregar. Trabalhos que acabaram dando bastante trabalho.

O pior de todos, no sentido de mais exaustivo, foi o documentário. Tínhamos filmado tudo antes das férias e o que faltava era editar. E que árdua tarefa foi essa! Eu e minhas amigas de curso J e C sofremos por 3 dias inteiros na edição do vídeo de 11 minutos, saindo da faculdade depois das onze da noite, uma vez bem depois do último ônibus e tendo que voltar pra casa a pé, no frio. Não foi fácil. Mas todo o trabalho compensou, pelo menos é o que esperamos.

Junto com o documentário tive que entregar também um monte de documentos e uma avaliação individual de 1000 a 2000 palavras explicando como foi todo o processo, quais foram minhas funções, o que erramos, o que acertamos, etc. E o outro trabalho que ainda tinha que terminar também era uma essay de 1000 palavras sobre uma obra de arte para a outra matéria.

E isso tudo em meio ao caos de compra, arrumação de malas e a difícil tarefa de me livrar das tralhas caseiras que acumulei ao longo de um ano: panelas, pratos, copos, talheres, secador de cabelo, e mais um monte de coisa que eu nem sei como é que veio parar no meu quarto mas que uma coisa é certa: se não couber nas malas, vai ter que ficar!

No meio de tudo isso, minha prima veio me visitar, pra tirar minha cabeça desse caos todo um pouco e me ajudar a respirar, a passear. E também, verdade seja dita, pra me ajudar a arrumar as malas e a carregar com ela o que não der pra eu levar.

Desde que entrei de férias, meus sentimentos quanto a ir embora oscilaram de "não aguento mais esse país" para "quero ficar aqui pra sempre". No momento, a ideia de voltar não parece mais tão ruim, e a saudade que vou sentir daqui ainda não está me impedindo de fazer as coisas que tenho que fazer objetivamente. Posso dizer que estou bem racional e conformada com a situação, estou aceitando tudo muito bem.

Só entro em pânico quando penso nas malas.

domingo, 15 de dezembro de 2013

#315: Última semana de aulas

Ok, faz tempo que não escrevo aqui.

Eu poderia culpar a falta de tempo ou a falta de acontecimentos marcantes, mas a verdade é que deu preguiça mesmo. E acho que neste segundo semestre em Surrey eu finalmente entrei no ritmo da vida aqui, tudo começou a se encaixar, eu comecei a sentir que faço parte daqui. Então falar das minhas experiências começou a parecer banal.

Por exemplo, desde que mudei para o prédio novo, com a lavanderia ao lado, lavar roupas deixou de ser um desafio. E o frio me dá tanta vontade de comer que aprendi novas receitas como estrogonofe de camarão, macarrão com molho de tomate e sardinhas, frango à parmegiana, e incrementei alguns dos meus pratos de sempre com mais temperos - alcaparras agora são indispensáveis quando faço spaghetti ou peixe. Também aprendi novas receitas de doce, como torta de framboesa. Então posso dizer que estou comendo melhor, pelo menos no quesito sabor.

Outra coisa que melhorou com o novo prédio foi que fico menos sozinha, pois meus amigos estão a algumas portas ou a um lance de escadas de distância, então fica fácil comer junto, ver filme, ou só bater papo a qualquer hora do dia. Mas ainda tenho meus momentos de solidão, que são necessários pra eu me concentrar nos meus estudos e pra recarregar as energias que perco quando fico muito tempo perto de pessoas. Socializar muito me cansa. 

Mesmo sem ter muitos desafios para narrar, sinto que eu não poderia simplesmente abandonar o blog assim, agora que estou tão próxima do fim, sem nem tentar chegar no 365º dia. Então vou fazer um resumo dos últimos três meses e continuar de onde estou agora.

Desde setembro eu:

- Viajei para Edimburgo e me apaixonei pela cidade
- Recebi a visita da minha mãe, realizamos nosso sonho de irmos juntas para Paris e o meu sonho de ir à Disney (a EuroDisney)
- As aulas recomeçaram e eu consegui escolher só matérias legais, e pela primeira vez fazer todas as aulas junto com minhas colegas de curso J e C. As matérias são: Documentary Film Practice, Creative Writing Professional Practice, Arts and Society, Advanced Screenwriting.
- Visitei meu amigo Alexandre, um CsF da leva de setembro, em Leeds.
- Fiz uma breve visita à Oxford, tão breve que merece repeteco.
- Assisti uma peça de teatro em Londres com Rupert Grint no elenco
- Fiz o Harry Potter Studio Tour, nos estúdios da Warner Bros, onde estão em exibição grande parte dos cenários, figurinos, objetos de cena e muito mais utilizados nos filmes de Harry Potter

De volta ao presente.

Esta é minha última semana de aulas, de um período que tem sido bem mais tranquilo que o meu primeiro aqui. Talvez seja porque eu finalmente entendi como funciona o sistema de ensino daqui, ou talvez porque minhas matérias sejam mais interessantes, mas estou conseguindo levar com muito mais dedicação. 

Eu, J e C  estamos filmando um documentário sobre identidade nacional e isso é o que tem dado mais trabalho, encontrar pessoas dispostas a serem entrevistadas e com tempo para tal, mas estamos finalmente chegando na etapa final.

Na matéria de Arts and Society fiz uma análise crítica sobre uma propaganda que foi elogiada pela professora e tirei 83/100, minha maior nota em trabalhos até agora - lembrando que no sistema britânico tirar de 80 pra cima é excelente, e o comum, por mais que você se esforce, é tirar entre 60-79. Não sou gênio nem nada, acontece que o tema que estamos estudando nessa aula eu já estudei bastante na UFF - semiótica, análise de discurso. Mas ainda assim considero uma pequena vitória, pelo menos meu histórico escolar daqui vai estar condizente com as minhas notas da UFF, mesmo que as notas daqui e de lá tenham pesos bem diferentes.

Como eu disse, esta é a última semana. A partir de sexta entramos de férias e o período só retorna no dia 13 de janeiro, mas não teremos mais aulas, só trabalhos para entregar.

Minhas férias já estão planejadas a bastante tempo. Vou passar o Natal no interior de Portugal e o ano novo em Sevilha, com meus amigos Luísa, Alexandre, Bernardo e Olof, esses dois últimos que vem do Brasil especialmente para nos encontrar. Estou bastante animada e feliz de poder passar as festas com amigos tão queridos, amigos com quem socializar não me consome tanta energia. Quase uma segunda família.

domingo, 1 de dezembro de 2013

#280 Filling the gap

O frio, as aulas - principalmente as aulas - me deixaram com muita preguiça de retomar o blog, mas não foi só por isso que eu passei tanto tempo sem atualizar. Diferente do que eu disse no dia 10/09, que não tinha muito mais o que fazer a não ser pôr em dia minhas leituras (que não consegui avançar muito), até que meus últimos 80 dias foram bem agitados.

- Fui a Edimburgo com meu amigo G, de ônibus, 12 horas de viagem por trecho. Minhas pernas nunca ficaram tão inchadas e eu nunca detestei tanto o transporte rodoviário, mas valeu a pena. A cidade é linda, as paisagens incríveis e eu escalei um monte de forma muito radical.

- Minha mãe veio me visitar e pôde ver ao vivo e a cores como eu sobrevivo na Inglaterra. Fomos à Paris, sonho da minha mãe, e à EuroDisney, meu sonho de criança.
- Participei do meu primeiro treinamento de incêndio e experimentei sair de casa correndo usando apenas pijama e casaco.
- Minhas aulas recomeçaram. Estou fazendo: Documentary Film Practice, Creative Writing - Professional Practice, Arts and Society, Advanced Screenwriting.
- Fui à Leeds visitar meu amigo Alexandre na minha primeira viagem de trem de verdade, com lugar reservado, poltronas confortáveis e tomada para notebook e carregador de celular. A cidade é uma gracinha e meu amigo, hospitaleiro.
- Fui a uma festa de Halloween onde as pessoas levam fantasias muito à sério
- Fiz uma breve visita à Oxford num lindo dia gelado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

#288: O inverno está chegando

Ok, ainda estamos no meio do outono. 

Mas os dias estão gradualmente mais frios, mais nublados, mais curtos - o horário de verão acabou -, há todo um clima melancólico e gloomy no ar. 

De repente a vontade de ficar debaixo das cobertas se entupindo de chocolate e assistindo seriados parece algo insuperável e só de pensar em todas as camadas que você precisa vestir pra sair de casa você já perde o ânimo de sair. E o pior é que essas camadas nem adiantam muito porque o vento gélido atravessa seus ossos e invade suas narinas tornando impossível para qualquer um se manter saudável por duas semanas seguidas - comece a estocar lenços de papel.

E esse é só o começo; ainda vai piorar.

É difícil ser otimista em dias gelados.

Por outro lado, o outono tem se mostrado a estação do ano mais bonita de todas. Eu nunca fui muito fã de folhas amareladas, mas é difícil não se encantar com as árvores multi-coloridas - amarelas, laranjas, vermelhas, marrons, algumas ainda verdes. Os dias cinzentos ganham vida com os tapetes de folhas e as janelas parecem emoldurar pinturas naturalistas. E se por acaso fizer sol, com direito a céu azul celeste, passar o dia fora de casa é indispensável, mesmo que os raios de sol sejam tão efetivos quanto luzes frias no quesito aquecimento.

O outono me ganhou, mesmo quando me faz querer dormir o dia inteiro e acabar com todo o estoque de chocolate da minha dispensa. Mas pra quê servem os dias frios de descanso se não para fazer justamente isso?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

#217: Dia de Mudança

... E eu vivi a última semana do verão sem me dar conta de que seria a última. Que lástima.

Na quarta-feira (03/09), os estudantes do CsF apresentaram seus pôsteres sobre os estágios realizados nas férias. Foi um evento bem legal, com direito à presença da embaixadora do Brasil no Reino Unido, café da manhã e almoço no restaurante chique da universidade e apresentação de piano do único aluno de música dessa leva do CsF. Também foi um dia de despedidas, porque alguns dos veteranos (pessoal que chegou em setembro passado) já estavam de malas prontas e aquela seria a última chance de ter a turma toda reunida. Despedidas são sempre tristes, mas o que fica são as lembranças dos bons momentos - e sempre dá pra encontrar de novo no Brasil.

No mesmo dia, à noite, viajei para Amsterdam para estar novamente na companhia da Luísa, e agora também do Alexandre, outro amigo de Niterói e mais novo CsF do Reino Unido, mas numa universidade diferente. A passagem de Amsterdam foi curta, mas os últimos suspiros do verão serviram pra apagar um pouco a primeira impressão gelada da cidade.

Chegando de volta à Guildford no sábado, com Alexandre a tiracolo, constatei que o verão tinha, infelizmente, terminado de vez. O fim de semana foi só frio e chuva e nublado, e hoje não foi diferente. Hoje, o dia em que marquei pra fazer minha mudança de quarto. Mas primeiro uma explicação.

Todos os alunos de Surrey que moram em alojamentos se mudam em setembro, porque é quando o ano letivo começa oficialmente (embora as aulas só comecem um mês depois). Todo ano, quem mora em alojamento tem que mudar de quarto, flat, porque novos alunos chegam e eles precisam reacomodar todo mundo. Mas todo aluno tem direito a um ano em seu quarto. A minha leva de CsF chegou em janeiro, no meio do ano letivo deles. Nós já nos mudamos numa época diferente, em que a universidade não está exatamente acostumada a receber gente. Da mesma forma, eles não estão acostumados a deixar que ninguém permaneça em seus quartos depois de setembro. Em setembro, você estando aqui há um ano ou seis meses, tem que mudar. Sem discussão - e olha que tivemos muitas. Por fim, a universidade concordou em nos deixar escolher a data em que íamos nos mudar, dentro de um período de duas semanas, o que já é flexibilidade demais pra esses ingleses.

Outro detalhe: todos os brasileiros foram reacomodados em dois prédios, um ao lado do outro. Cada brasileiro está com pelo menos mais um conterrâneo em seu flat de sete quartos. Essa proximidade toda é boa e ruim, mas vou tentar ver só como boa. 

Acordei cedo e mesmo com a chuva fina e fria caindo lá fora, não desanimei (até porque o dia da mudança estava marcado pra hoje, não podia mais mudar). Peguei a chave do novo quarto, catei um carrinho de supermercado perdido no campus e tratei de carregá-lo com as malas e bolsas e caixas que tinha empacotado na noite seguinte. Fiz minha mudança sozinha, num total de seis viagens. Só pedi ajuda para um vizinho brasileiro (o lado bom de morarmos todos juntos) descer com minhas duas malas pesadas, mas dei conta de todo o resto. Roupas, sapatos, quinquilharias do quarto, bolsas, ventilador, livros, dvds, eletrônicos em geral, coisas de banheiro, coisas de cozinha, incluindo comidas, tudo. Foi a primeira mudança em que eu realmente participei (quando mudei de apartamento com minha mãe eu era bem mais nova e ela fez tudo sozinha). Me senti tão adulta.

O quarto novo é exatamente igual o antigo, para meu alívio: os móveis estão exatamente na mesma posição de antes, não vou ter que me habituar a uma nova disposição (I'm a freak, I know). Mas tem algumas vantagens, como interruptor ao lado da cama - não mais apagar a luz e tatear a cama no escuro ou usar a luz do poste como guia -, azulejos no banheiro, e o melhor de tudo, o novo prédio tem elevador. Minha mudança solitária, aliás, só foi possível porque eu não tive que subir com minhas tralhas de escada. Pra completar, o prédio é quase ao lado da lavanderia, o que minimiza bastante a minha preguiça de ir lavar roupa.

Neste mês, não tenho muita coisa programada pra fazer. Estou à espera da minha mãe que vem me visitar no fim de setembro; e à espera das aulas que recomeçam em 7 de outubro. Até lá, a chuva do outono e minha pequena pilha de livros deve me fazer companhia.