Depois das merecidas férias de quase um mês, em que pude conhecer mais dois países - Portugal e Espanha -, reencontrar amigos queridos e com eles passar o Natal e o Ano Novo, de voltar à França com a melhor companheira de viagem e conhecer mais uma cidade - Lyon - , voltei a Guildford doida pra descansar e aproveitar minhas últimas semanas na Inglaterra.
Isso foi no dia 14/01. Desde então, o que menos fiz foi descansar.
Primeiro que, apesar de não ter mais aulas e de não precisar fazer provas como a maioria dos meus colegas de CsF (tem gente que tem prova até no último dia de aula do período), eu ainda tinha trabalhos pra entregar. Trabalhos que acabaram dando bastante trabalho.
O pior de todos, no sentido de mais exaustivo, foi o documentário. Tínhamos filmado tudo antes das férias e o que faltava era editar. E que árdua tarefa foi essa! Eu e minhas amigas de curso J e C sofremos por 3 dias inteiros na edição do vídeo de 11 minutos, saindo da faculdade depois das onze da noite, uma vez bem depois do último ônibus e tendo que voltar pra casa a pé, no frio. Não foi fácil. Mas todo o trabalho compensou, pelo menos é o que esperamos.
Junto com o documentário tive que entregar também um monte de documentos e uma avaliação individual de 1000 a 2000 palavras explicando como foi todo o processo, quais foram minhas funções, o que erramos, o que acertamos, etc. E o outro trabalho que ainda tinha que terminar também era uma essay de 1000 palavras sobre uma obra de arte para a outra matéria.
E isso tudo em meio ao caos de compra, arrumação de malas e a difícil tarefa de me livrar das tralhas caseiras que acumulei ao longo de um ano: panelas, pratos, copos, talheres, secador de cabelo, e mais um monte de coisa que eu nem sei como é que veio parar no meu quarto mas que uma coisa é certa: se não couber nas malas, vai ter que ficar!
No meio de tudo isso, minha prima veio me visitar, pra tirar minha cabeça desse caos todo um pouco e me ajudar a respirar, a passear. E também, verdade seja dita, pra me ajudar a arrumar as malas e a carregar com ela o que não der pra eu levar.
Desde que entrei de férias, meus sentimentos quanto a ir embora oscilaram de "não aguento mais esse país" para "quero ficar aqui pra sempre". No momento, a ideia de voltar não parece mais tão ruim, e a saudade que vou sentir daqui ainda não está me impedindo de fazer as coisas que tenho que fazer objetivamente. Posso dizer que estou bem racional e conformada com a situação, estou aceitando tudo muito bem.
Só entro em pânico quando penso nas malas.