terça-feira, 11 de junho de 2013

Viajando pelo UK: Brighton

No sábado (08/06) aproveitei o raro dia ensolarado para fazer um passeio que eu tinha vontade desde antes de vir para cá, quando ainda estava escolhendo as universidades. É que eu tinha visto que tinha um curso de Creative Writing na University of Brighton, que estava vinculada ao CsF no edital anterior ao meu. Já tinha ficado toda animada, feliz que ia morar à beira-mar (como moro em Niterói) e na 'cidade mais ensolarada do Reino Unido'. Só que quando chegou o momento de eu escolher as universidades, Brighton e Creative Writing tinham sumido completamente da lista. Fiquei arrasada; e aí resolvi escolher Film Studies, o que não foi uma escolha ruim!

Enfim, no sábado, eu e J saímos de casa de manhã e entramos num trem para Clapham Junction (estação em  Londres que se conecta a mais cidades fora de Surrey) e de lá pegamos outro para Brighton, uma viagem de aproximadamente 1h30, dependendo dos trens que você pega. A gente perdeu o trem rápido pra Clapham Junction por 1 minuto e tivemos que pegar o lento, daí o tempo total de viagem foi mais longo, mas nem ligamos.

Chegando em Brighton, sem mapas (a não ser pelo Google Maps no celular, que não consultamos), eu e J seguimos nossos instintos e anos de vida morando em cidade litorânea (eu, Niterói/Rio, ela, Natal) e saímos da estação traçando uma linha reta à nossa frente. Foi uma caminhada razoavelmente longa, com muita gente no caminho (se tínhamos dúvidas de que o mar estava lá na frente, as pessoas com bermudas e chinelos indo pra mesma direção que a gente nos teriam dado certeza), descidas íngremes (Brighton tem um monte de ladeiras, e o mar, obviamente, fica na parte mais baixa da cidade), mas finalmente encontramos o lindo mar azul.

Primeira vista do mar, aquele pedacinho azul lá embaixo
A praia estava lotada e nossa primeira surpresa (a gente suspeitava, mas ver é completamente diferente do que saber) foi constatar que a praia não tinha areia, mas pedras - pedras lisas e redondas, bem bonitas, ao longo de toda a extensão da praia. Concordamos que deve ser muito desconfortável passar o dia deitado nessas pedras, mas a conveniência de não voltar pra casa com areia em todas as partes do corpo compensa.
Praia cheia, píer ao fundo














Descemos do calçadão e nos sentamos nas pedras um pouco, apreciando o sol e o vento gostoso, que não tinha cheiro de maresia, o que tirava um pouco da experiência de estar na praia. Talvez a areia contribua para esse cheiro tão característico... hum...

Andamos pela parte baixa do calçadão, passando por várias lojinhas de souvenires (conchas enormes e estrelas do mar ressecadas), restaurantes de peixe e barraquinhas que vendiam moluscos e caranguejos 'frescos' (gelados e crus, eca). Tinha um carrossel vintage lindo na praia e mais à frente o famoso píer de Brighton, com um parque de diversões completo.



A fome bateu e fizemos o caminho de volta, analisando nossas opções de almoço. Fiquei muito tentada a comer na churrascaria brasileira que vi no caminho para a praia, mas minha amiga não come carne vermelha e estávamos na praia, tínhamos que comer frutos do mar sentadas em mesas de frente para o mar. Comemos um prato de camarões gigantes num restaurante de garçonetes desorganizadas, chamado Bar de la Mer (uma das garçonetes era brasileira).

Depois do almoço, voltamos para a parte alta do calçadão, ao nível da rua, e tomamos sorvete Ben & Jerry's. Continuamos nossa caminhada até o píer, vimos o parque de perto e como já era seis da tarde (apesar do sol estar brilhando forte no céu), achamos prudente voltar para casa. E foi, porque só chegamos em Guildford lá pelas 22h, devido aos desencontros de horários dos dois trens que tínhamos que pegar. Chegando em casa, me olhei no espelho e constatei que o sol forte da praia, mesmo uma praia da Inglaterra, mesmo com uma temperatura de 20ºC, queima. Meu nariz e bochechas estavam vermelhinhos. É claro que eu não tinha passado protetor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário