Até que deu pra fazer bastante coisa: conheci o Red Light District à noite (sim, eu vi as prostitutas nas vitrines); fui no EYE, um museu do filme que além de instalações, tem várias salas de cinema e cabines particulares para assistir filmes do acervo deles e ainda fica num prédio com design bem interessante, do outro lado do principal canal de Amsterdam. Tivemos que cruzar o canal de barca; me senti indo do Rio para Niterói.
Podia ser o Caminho Niemeyer mas é o EYE de Amsterdam |
Teve um dia também que eu visitei o jardim botânico de Amsterdam. Lá eles tem uma estufa enorme com plantas de climas tropicais, super quentinho lá dentro. As flores ainda não estavam completamente desabrochadas; não vi tantas tulipas quanto gostaria. Mas o jardim é bem bonito, ótimo para passeios românticos, o que não era o meu caso.
Tulipas holandesas! |
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A volta para Londres foi meio conturbada. Como parte do seu curso de publishing, a Lu ia participar da London Book Fair, mas estávamos em voos diferentes. O dela era às 8, o meu às 10. Às seis da manhã saímos de casa, mas o tram que deveria nos levar até a estação de trem nunca veio. Perdemos meia hora no frio, e nisso, tivemos que correr bastante. Acabamos pegando o metrô até a Central Station e de lá pegamos o trem para o aeroporto, mas nos separamos no metrô mesmo. A minha mala estava muito pesada e eu não conseguia correr tanto, deixei que minha amiga fosse na frente sem mim, para não arriscar perder seu voo. Não foi fácil arrastar minha grande mala para fora do metrô, ainda mais considerando a falta de escadas rolantes e elevadores (bem localizados) nas estações de Amsterdam. Por sorte tive ajuda de um rapaz e uma vez em frente à Central Station, não foi difícil comprar meu bilhete e esperar pelo trem do aeroporto.Acabei chegando cedo demais e esperei bastante até a hora de embarcar, mas não tive problema algum, o voo foi bem tranquilo. Cheguei no aeroporto de Gatwick e ainda esperei uma meia hora até o trem para Guildford. Fiquei feliz de voltar para casa depois de três semanas fora, mas achei tudo muito estranho, o campus muito vazio, meu quarto muito solitário. Mas a primavera tinha transformado completamente a paisagem e isso só já foi uma alegria.
Tomei um banho rápido, fui para a estação de trem e voltei para Londres, para jantar com a Luísa e sua chefe do estágio no Brasil, que estava participando da feira. No dia seguinte eu também fui à feira, assisti uma palestra junto com a turma da Lu, depois demos uma volta pelo Hyde Park.
Na quarta-feira nos despedimos já cheias de saudade, mas não tive tempo de me sentir sozinha, pois naquela tarde encontrei Clarissa, minha grande amiga de infância, que aproveitou umas férias repentinas para passear pela Europa e matar as saudades de mim.
Na quinta-feira (18/04) voltei à Londres, dessa vez com a J., para participar da plateia de um programa de perguntas e respostas da BBC, Pointless. Foi à primeira vez que fui a um estúdio de TV, uma experiência realmente interessante.
Na sexta-feira fui com a J. em Camden Town, um bairro alternativo com vários mercados de rua onde você pode encontrar roupas, acessórios, sapatos, livros, por preços bem em conta. Não qualquer tipo de roupa: roupas lindas! Camisetas com estampas criativas e originais, casacos de inverno, roupas góticas e vintage, fantasias, dá pra fazer a festa. Comprei duas camisetas por 10 libras (e depois encontrei as mesmas camisetas numa barraca mais à frente na promoção 2 por 8... ¬¬), um sobretudo de lã vermelho que Kate Middleton usaria por 35 libras (era 55, mas o vendedor indiano foi baixando o preço até eu resolver levar). Enfim, um paraíso das compras para estudantes. À noite encontrei a Clarissa novamente, jantamos em um pub no SoHo e nos despedimos; sua passagem por Londres foi bem rapidinha, mas adorei rever minha amiga.
No fim de semana arrumei a casa, reabasteci a geladeira, desfiz a mala da viagem de Amsterdam e coloquei a vida em ordem para retornar às aulas na segunda-feira.