Como na segunda-feira passada eu tive o problema do laptop e tive que fazer a carteirinha de estudante, não pude ir na aula teórica de Contemporary Storytelling, fui só na aula prática, na quinta-feira.
Acordei bem disposta e, já ciente dos horários do ônibus saí de casa, com uma certa antecedência, mas porque eu ainda não conhecia o local dessa primeira aula. Cheguei na universidade e fui até o Lecture Theatre, sala M, alguns minutos adiantada e esperei, ouvindo música. Encontrei a Clarissa, menina gaúcha que também estuda cinema aqui e está praticamente em todas as minhas aulas. Quando deu 11 horas, entramos e pegamos lugares na sala.
A professora entrou, colocou a apresentação de PowerPoint e já começou a falar do conto de Raymond Carver, What we talk about when we talk about love. Eu olhei para a Clarissa sem entender e ela também não estava nada esclarecida. A professora continuou falando sobre o conto, destacando frases repetitivas que caracterizavam a escrita de Carver. Ao fim da aula, me dirigi à professora e perguntei quando ela tinha informado sobre a leitura para esta aula. Ela me explicou que o cronograma das aulas estava na ementa da disciplina que eu havia pego na aula anterior e que ela costumava avisar no SurreyLearn, a plataforma de comunicação entre professores e alunos que também disponibiliza grande parte dos materiais para as aulas, mas que os livros nós deveríamos pegar na biblioteca.
Eu teria que descobrir sozinha o que ler para qual aula. Muito diferente da minha situação no Brasil, onde todos os professores estão sempre nos lembrando o que fazer e como fazer. Aqui ninguém pega a gente no colo.
Fui para a biblioteca, agora já sabendo direitinho como e onde procurar. Olhei na lista o livro da semana seguinte, The Bloody Chamber, de Angela Carter. Também procurei o livro desta semana, para me situar no exercício que faríamos na quinta-feira. Anotei os números direitinho e conferi duas vezes para ter certeza de que não tinha nenhum erro, peguei o elevador e fui para o 5º andar.
Suspiro. O paraíso é a seção de literatura - que ocupa metade do andar. Acho que quero ficar ali pra sempre, no meio de Hemingway, Fitzgerald, Austen, e tantos outros que nem tive tempo de reparar. Encontrei os livros que precisava, já me sentindo uma verdadeira entendedora do sistema de catalogação, aluguei os livros na máquina e pronto.
À tarde tive aula de Film Industry e descobrimos, com base em pesquisas sobre os principais estúdios de Hollywood, que os filmes que dão dinheiro são animações para crianças ou filmes de super-heróis; e que comédias quase não rendem, mas também possuem um orçamento muito baixo, então não tem problema se elas fracassarem - e isso explica porque existem tantas comédias ruins por aí.
Ah, nevou!
(Parece imagem granulada de TV analógica, mas é neve caindo) |
Oi Luiza,
ResponderExcluirestou lendo seu blog pois pretendo me inscrever no próximo edital pro UK e Surrey é uma das minhas primeiras opções!
Lendo esse post me surgiu uma pergunta: existe um número máximo de livros que se pode alugar na biblioteca? Na minha faculdade aqui no Brasil, por exemplo, só se pode pegar 3 livros ao mesmo tempo.
Beijos!
Oi Paola, não existe limite de livros que você pode alugar e, contanto que você renove (na biblioteca ou online), pode ficar com eles por quanto tempo quiser... e é por isso que eu amo essa biblioteca! Boa sorte na sua inscrição! Beijos
ResponderExcluir